terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

5 horas....

Agora só faltam cinco horas. Cinco horas de uma contagem regressiva que, de alguns anos prá cá, tomei pra mim que deveria começar lá atrás, às vezes duas ou três semanas antes. Um mês quem sabe?.... tudo pra celebrar de verdade.

Cinco horas, enfim, pra virar o relógio da minha vida, terminar um ciclo, dar início a um novo que sempre pretendo e rezo pra que seja melhor.... menos de cinco horas já a essa altura pra chegar 12/2, dia de aniversario, meu aniversário! Dia que curto tanto comemorar!!

Quem me conhece um pouquinho, já se acostumou a me ouvir anunciando a data aos quatro ventos um tempão antes. Chamando atenção, fazendo graça. O meio é o que menos importa: pode ser telefone, email, SMS, um oi pelas Redes Sociais, ou um simples 'lembrar' pra aqueles que estão mais longe. E, acreditem, nada disso tem a ver com qualquer desejo intrínseco de ser o centro de qualquer atenção. Não mesmo. Na verdade, eis a confissão: nada mais é que uma espécie de apelo mesmo, um grito quietinho, de quem aprendeu que poucas coisas nessa vida valem mais do que carinho e gestos de amizade. Um pedido de coração de querer manter por perto gente do bem, energia boa, gente que me quer bem e que me alegra ou me emociona cada um a sua maneira.

E sabe por quê?
Dentro de muito em breve, esse tal número cinco com que comecei esse post ganha uma dimensão de anos ao invés de horas.... Logo ali, em março, marco cinco anos desde que dei um dos passos mais importantes e mais difíceis na minha vida. Esperança era tudo que eu mais tinha quando entrei naquele Einstein... Esperança somada a uma força interior que, na boa, não era minha. Força que me segurou em pé antes e naquele dia 19/3 quando começou o procedimento de transplante de medula ossea no meu Cucca, e em todos que vieram depois até exatos cinco meses depois, em 19/8, quando ele ganhou suas asas de anjinho e foi lá brincar de pescar estrelas.... Força que me manteve viva quando simplesmente me faltou o chão, os cinco sentidos, o prumo até. Força que -- e foi isso que aprendi! -- veio justamente dessas mesmas pessoas do bem a quem me referi antes, de amigos muito especiais e queridos. 

Fazer essa festa toda e esperar uma lembrança qualquer de quem eu tanto gosto no dia 12/2 funciona pra mim como espécie de ícone. Uma forma de recarregar as baterias, renovar a energia, pra seguir acreditando que nada nessa vida é por acaso. Mais que isso, é minha forma de agradecer a todos que me ensinaram não apenas que é preciso continuar adiante mas sim, como fazer isso. Agradecer de verdade àqueles que me inspiram a ser melhor dia após dia.

Meus filhos, meus pais, minhas irmãs, Ro (meu marido-amigo-companheiro-de-todas-as-horas-mesmo!), nossas famílias inteiras, amigos super queridos, desde os que estão pertinho até aqueles que não falo ou encontro pessoalmente há um tempão. Eu definitivamente não acertaria muito se decidisse elencar aqui os nomes de todas as pessoas especiais que mudaram minha vida, simplesmente porque a lista se alongaria pra caramba. 

Nesse dia em que a tendência natural é fazer um wrap up da própria vida, quero mais é continuar fazendo graça, fazendo festa, pedindo essa atenção brincalhona. Quero inspirar meus filhos. Guardar cada frame de lembrança do Lucca enquanto renasço vendo os outros dois crescendo. Quero agradecer. Pelas coisas boas, pelas lições vividas e esperar as que hão por vir. 

 

Um comentário:

Mario Yar disse...

Lu, eu viveria ao teu lado por toda a vida se vc deixasse. Parabens pelo seu dia, pela mulher que vc eh, pela inspiracao que VOCE da pra pessoas que se encantam qdo estao do teu lado. Muitas saudades,
Tato