domingo, 9 de fevereiro de 2014

Good reason to come back here....

E então, voltando de uma semana intensa de trabalho em NY, quando o cansaço vence até o sono. Decido zapear os canais de filme no avião. Depois de Runner Runner (super recomendo!), de In a World... (blah!), paro, sei lá por quê, em About Time.

A sinopse -- um garoto que, aos 21 anos, descobre ser de uma linhagem de homens capazes de voltar no tempo -- é verdade que não animava muito. Ao contrário: antecipava bem o teor carregado de açúcar numa comédia dessas de botequim, um tanto longe de parecer um épico do cinema moderno.

Fui adiante mesmo assim e a experiência, confesso, me rendeu umas risadinhas despretensiosas. O que eu não esperava de verdade era me pegar repensando experiências próprias, não naquele contexto. No filme, voltar no tempo permitia ao personagem principal corrigir as coisas erradas que ele tivesse feito, evitar coisas chatas e perdas irreparáveis na vida. Mas isso tinha seu preço.

As cenas finais me fizeram pensar em como essa seria uma decisão difícil pra mim.... Voltar no tempo e evitar que meu filho nascesse com a alteração genética  que lhe deu asas de anjo tão cedo significaria mudar o curso da minha vida, nunca ter aberto um buraco que não fecha, uma ferida que permanece tão dolorida pra mim.... mas significaria também ter um filho diferente em seu lugar, que não o Lucca.

Hoje sei que sou absolutamente incompetente pra descrever em palavras a dor que me ficou por não poder mais abracar meu filhote mais velho, sentir seu toque, coloca-lo no colo e enche-lo de beijos, ve-lo rindo das próprias travessuras... Mas também não consigo me imaginar sem poder te-lo conhecido....
Hoje, muito do que sou, aprendi com ele.....

Cucca, te amo mais que o Universo!

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