- quando o organismo rejeita o órgão transplantado e essa situação não pode pode ser revertida com medicações – situação considerada bastante rara pelo especialistas;
- quando o novo fígado não funciona após o transplante – essa é uma situação de emergência, que requer retransplante em poucos dias;
- quando há a obstrução causada por trombose da artéria que leva sangue ao fígado.
Uma pesquisa realizada pelo Dumont-UCLA Liver Transplant Center, Department of Surgery, UCLA School of Medicine, em Los Angeles, California, e publicada em 1997 no Annals of Surgery, demonstrou que o retransplante é a única opção terapêutica para pacientes que apresentem falha no fígado aloenxertado.
Apesar de salvar vidas em quase 50% dos pacientes, estudos anteriores mostraram uma piora na qualidade e nos índices de sobrevida do paciente após retransplante. Outro fator que se soma a essa discussão é o aspecto de custo, uma vez que o impacto econômico de um retransplante hepático é alto. Há também a questão da escassez de doadores de órgãos o que torna o processo mais ineficiente.
Um novo estudo sobre retransplante de fígado (re-LT) que teve duração de 15 anos e foi realizada em uma clínica na Alemanha, trouxeram novas perspectivas para o procedimento uma vez que demonstrou menor incidência de rejeição e complicações pós-retransplante.
Especialistas acreditam que a tendência positiva pode estar relacionada à melhoria na gestão de cuidados intensivos e no uso de imunossupressores, juntamente com a rápida tomada de decisões sobre quando efetuar o retransplante apesar da escassez de doadores de órgãos de qualidade.
Os resultados deste estudo aparecem na edição de fevereiro de 2007 Transplante de Fígado, a revista oficial da Associação Americana para o Estudo das Doenças do Fígado (AASLD) e da International Liver Transplantation Society (ILTS). A revista é publicada em nome das sociedades por John Wiley & Sons, Inc.
O trabalho volta a afirmar que o transplante de fígado é um procedimento considerado de grande sucesso especialmente nas últimas duas décadas – o que, infelizmente, ainda não se pode dizer do retransplante. Infecções pós-cirúrgicas, insuficiência de múltiplos órgãos, complicações hemorrágicas, recorrência da doença subjacente e rejeições crônicas são os principais motivos identificados.
Os achados desse trabalho alemão, coordenado pelo Dr Robert Pfitzmann, MD Charité de Virchow Clinic, em Berlim, na Alemanha, levaram a várias medidas terapêuticas, incluindo a redução mais precoce da dose de imunossupressores, administração de medicamentos para melhorar a função renal, transfusões iniciais de sangue, e melhorias contínuas na gestão de cuidados intensivos. A equipe de estudiosos observou que as complicações mais importantes que culmiram em morte do paciente foram as infecções bacterianas com complicações sépticas – o que chama a atenção para uma série de medidas de prevenção que podem ser tomadas. Apesar de terem alcançado bons resultados, eles concluem que "são necessários progressos e melhorias no tratamento de pacientes retransplantados para aumentar as chances de sobrevida pós re-LT
Há maior morbidade e mortalidade associadas com o retransplante, no entanto , atualmente, 4% dos pacientes indicados para transplante de fígado são candidatos a retransplante com nenhuma outra opção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário