sexta-feira, 15 de maio de 2009

Médicos começam a tratar adenovírus no organismo do Lucca

O adenovírus detectado em exames anteriores de fezes e sangue ainda está presente no organismo do Lucca segundo resultados de teste que ficara prontos ontem e hoje (veja também Exame de fezes indica presença de adenovírus mas quadro geral do Lucca melhora a cada dia). Para evitar que isso se agrave e que Lucca volte a apresentar febres e/ou outros sinais de infecção, a Dra Juliana Folloni decidiu por entrar com um tratamento específico para interromper de vez a ação do vírus em seu organismo -- ainda que ela seja fraca e controlável.

Para isso, ele começou a tomar hoje dois novos medicamentos -- cidofovir e probenecide -- que exigem um esquema todo especial de administração, num intervalo de tempo total que leva 13 horas, intercalando o cidofovir endovenoso, o probenecide oral (3 doses com 2,5 comprimidos cada) e a infusão de várias bolsas de soro para hidratar (já que os remédios têm forte efeito sobre o funcionamento dos rins).

Com essa alteração, Lucca está tomando mais comprimidos por dia, o que o tem deixado, especialmente desde ontem, mais nauseado e sem apetite. E isso vira uma boa de neve: ele se enjoa, não quer comer, toma os remédios, o estômago está vazio, ele se enjoa mais e, às vezes, acaba até vomitando.

Segundo os médicos, essa é uma reação esperada, controlável e, portanto, não alarmante. Principalmente porque os vômitos têm sido absolutamente pontuais, sem maiores consequências.

Mas, para ser preservado desse mal estar, Lucca acabou de receber uma dose de Dramin -- que controla as náuseas e vômitos mas também dá um sono danado. Ele não quis jantar e disse que queria tirar uma soneca. Pediu que eu o colocasse na cama: "mamãe, você pode me cobrir, deitar aqui um pouquinho comigo e me dar um daqueles beijos que você me dá na bochecha?".
Nem respirei e me pus ali, deitada de conchinha com ele.

Passaram-se uns minutos e ele já estava pegando no sono. Levantei pra apagar as luzes do corredor quando ele me chamou de volta, dizendo baixinho: "você não me disse que é a mãe mais feliz do mundo por me ter como filho?". Respondi prontamente que sim. Daí ele emendou: "e eu sou o filho mais feliz desse mundo por ter você como minha mãe!".

Encher os olhos d'água foi inevitável! Querer ficar ali, agarrada nele, era só que eu queria fazer. Esses meses todos voltaram como um filme, num sobrepor de imagens, cenas, memórias, sentimentos...... Minha vida deque que Lucca nasceu me passou pela mente, pra ser sincera....

A força esvaiu-se, as palavras evaporaram. Tudo que consegui dizer foi sobre o quanto o amo e a seus irmãos. De como eu gostaria de poder passar por tudo que ele está passando no lugar dele. E que, o melhor mesmo é que as coisas estão melhorando a cada dia e que, logo, elas voltarão ao normal.

Nenhum comentário: