Mais uma vez, peço desculpas por ter vindo aqui de forma tão intermitente. Mas os dias têm sido difíceis., tensos ainda, cheios de altos e baixo quando considerado o estado geral de saúde do Lucca.
Eu poderia ficar aqui me lamentado por linhas e linhas, tentando por prá fora essa angústia que me corrói, que me destrói, que me mata um pouco a cada dia de vê-lo do jeito debilitado que está sobre o leito desta UTI.
Não nego que as forças me faltam muitas vezes e que me pego, lá e cá, deixando-me pensar como uma fracota.
O Lucca passa a maior parte do tempo dormindo. Não está em coma induzido mas com uma sedação leve porém contínua. Sedação suficiente prá mantê-lo descansando o tempo todo mas que o permite responder em momentos que o chamamos.
Nesta tarde, por exemplo, num dado momento, ele abriu os olhinhos e balbuciou ‘mamãe’ com os lábios (sim, a voz nesse momento lhe falta por conta da entubação). Peguei na sua mãozinha, disse-lhe pela milhonésima vez que o amo, mais do que o universo, e lhe perguntei se estava tudo bem. Ele balançou a cabeça de leve, respondendo positivamente. Daí lhe perguntei se estava cansado. E ele me respondeu, enfático, também com a cabeça, que não!
Bom, se ele não desiste dessa batalha, por mais dura que ela esteja sendo, não me permito fazer nada diferente do que o que ele está fazendo.
Enquanto houve vida pulsando dentro dele, não vou entregar os pontos! Ainda que a situação clínica seja muuuuito frágil, esteja bastante agravada. Ainda que tudo tente me tirar do prumo e me levar ao desespero. Sempre acreditei que tudo daria certo. E me recuso a pensar diferente nesse momento, só porque o jogo está mais disputado, o time um pouco mais cansado. Mas se o juiz ainda não apitou, vamos em frente!
Nenhum comentário:
Postar um comentário