Hoje foram liberados os laudos de dois dos procedimentos a que Lucca foi submetido no último domingo no centro cirúrgico do Einstein. A biópsia de pele confirmou que o aspecto rendilhado verificado nos braços e pernas dele não eram sinal de GVHD (Doença do Enxerto contra Hospedeiro, na sigla em inglês).
Saiu também o resultado dos exames laboratoriais feitos na secreção que foi colhida do nariz e dos seios da face do Lucca. Na amostra, apareceu uma bactéria -- um lactobacilo, na verdade --, cuja periculosidade é pouquíssimo expressiva. Mesmo assim, a orientação dos especialistas é tratá-la com um antibiótico oral, simples, chamado Clavulin. Lá atrás, em março do ano passado quando Lucca foi diagnosticado com sinusite crônica pela primiera vez, ele fez um tratamento de longo prazo com esse mesmo medicamento e com o Budecort Spray -- que ele também fez uso nos últimos meses. Associado à limpeza que foi feita nos seios nasais, Dr Nelson Hamershlak acredita que o tratamento terá sucesso.
Falta apenas o resultado da biópsia de bexiga. Mas, segundo o Dr Sidney, uro-cirurgião do Hospital Albert Einstein, que conduziu o procedimento bem como a colocação da sonda na uretra do Lucca, independente desse resultado, o que mais vale é o aspecto geral dele, que está visivelmente bem disposto, ativo e, principalmente, voltou a apresentar urina de aspecto absolutamente normal (seu xixi não mais vem com sinais de sangue, felizmente).
Próximos passos
O infectologista Dr Luiz Fernando Aranha vem discutindo com o Dr Nelson Hamershlak e com a Dra Juliana Folloni sobre a indicação de alta médica para o Lucca, ainda que ele apresente pontualmente picos de febres. E, segundo os especialistas, se o quadro dele permacer como está, há uma chance grande de que ele possa voltar para casa nos próximos dias.
Grandes avanços vêm acontecendo. Ontem no final do dia o último antibiótico por veia que Lucca recebia foi descontinuado. Outros medicamentos que haviam sido passados de oral para endovenoso via soro (como corticóides, magnésio, sódio e potássio), hoje voltaram a ser ministrados por boca (solução ou comprimidos).
Há inclusive alguns horários do dia que Lucca consegue ficar sem soro algum, portanto, 'livre' do Pedrão (o suporte de soro que o acompanha desde os tempos do TMO...). Com isso, ele fica muito mais animado, principalmente por conta dos passeios que consegue dar. Como o de ontem, por exemplo, quando recebeu a visita do pai e dos avós paternos -- foi a primeira vez que ele os trouxe aqui no hospital e Lucca ficou muito feliz de poder revê-los depois de tanto tempo. Conversamos bastante no quarto, seu pai tirou várias fotos no celular, e, pouco antes de irem embora, descemos todos juntos ao Atrium.
Tudo que Lucca fala ultimamente é na alta dele.
Hoje cedinho, por volta de 7h da manhã, ele acordou pra fazer xixi e estava com febrão - 39,2oC. Mas nem isso o abateu: "ah não, febre, pode ir embora rapidinho. Eu já to bom, e quero sair daqui logo. Eu vou sair daqui logo!!", disse enfático, entre risos e muita segurança, enquanto conversava bem humorado com seu próprio organismo.
E vai dizer que isso não tem efeito? Claro que tem!
Vamos esperar como ele progride nas próximas horas e dias.
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