sábado, 27 de junho de 2009

A festa junina... E a dor que me bateu fundo....

Faz pouco mais de uma hora que voltei pro hospital. Passei a tarde com o Marccão e a Lella na festinha junina da escola deles (minha mãe ficou com Lucca no hospital). Festa lotada! Dos nossos, estavam também Papai Marcelo, Didi, Tio Adriano, Tia Tata, Gui e Caio.

Eu estava lá na escola, mas impossível negar: uma parte do meu coração e dos meus pensamentos ficou no Einstein. Como é difícil não estar com meus três filhotes juntos..... A falta que o Lucca faz sempre cala fundo. Hoje parecia gritar dentro de mim.

Assisti a apresentação da Lella, junto com a turminha do 1o ano: gente, ela estava muito fofa, super solta, desinibida, uma mocinha! Uma caipirinha loira e linda, esbanjando brilho, charme e graça aos quatro ventos.

Assisti também a performance do Marccão ao lado de todos os alunos do 3o ano: quem o viu, quem o vê.... ele costumava chorar muito nessas apresentações escolares. Mas, nos últimos tempos, está um grandão, um gostoso, um querido! Vestia um terno quadriculado cheio de apliques em retalho. Típico Nho Marrrcco. Brincalhão, enturmado com os amigos. Fiquei feliz. Muito!

Logo depois, hora da dança das turmas do 4o ano. O ano do Lucca. Lá estava a classe da Tia Regina. Lá estavam Rafa, Victor, Lucas Louro, Lucas Sanchez, Giovani, Bia, Giovana Carla, Fefe, a Érica (lindinha!), todos os amiguinhos do Cucca enfim. Só faltava ele. E como ele fez falta!!!

Chorar foi inevitável. Soluçar foi o mínimo. Chorei, solucei muito, sofri muito, senti muito!
A lembrança veio e machucou, muito. Há um ano, Lucca estava lá. Estávamos todos lá. Eu ainda era casada. Mal podia imaginar a guinada que minha vida daria semanas depois. Eu não fazia a mínima idéia do susto que levaria, do chão que me faltaria, do ar que eu não achei por muitaz vezes depois que abri aquele laudo da ressonãncia magnética do meu filho. Nunca podia imaginar que Lucca tinha adrenoleucodistrofia...........

Hoje, eu estava ali. Quis abraçar e dar um beijo em cada coleguinha do Lucca. Como se eu pudesse materializá-lo entre eles. Como se eu tomasse emprestado deles a garra e o amor que emanam, de graça, de peito aberto, de coração. Inconscientemente ou não, sei lá, mas eu queria me fortalecer na força deles. Eu precisava do brilho dos olhos daqueles pequenos grandes anjos, nos seus 8 ou 9 anos, prá recarregar minhas baterias. Pra retroalimentar minha crença de que muitas outras festas virão e o Cucca ali estará!

Que Deus o abençoe. Só isso que quero pedir hoje....

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