Em relação ao total de glóbulos brancos e vermelhos, o exame trouxe os seguintes resultados:
- os leucócitos subiram um pouquinho: somam 2200/mm3, sendo 1432/mm3 neutrófilos;
- o nível de hemoglobina está estavel, com 9,3 g/dl;
- e o total de plaquetas permanece acima do limite de 20.000 (hoje são 25.000/mm3).
A avaliação bioquímica, que mede os níveis dos principais eletrólitos no organismo (como cálcio, sódio, potássio etc.), também estão dentro de um padrão normalidade. O exame de PCR (proteína C-reativa, que avalia presença de infecção e cujo valor de referência vai de 0 a 3 mg/L), mostrou-se um pouco elevado -- 23,9 mg/L -- mas nada que pudesse gerar preocupação, segundo os médicos.
O funcionamento dos rins também parece em bom estado de acordo com os resultados dos exames de uréia e creatinina.
Já os testes que avaliaram as enzimas do fígado (TGP, TGO e Gama GT), vieram bastante alterados. A Dra Juliana pediu exames complementares, inclusive uma ultrassonagrafia com doppler na região do abdôme.
Alterações como estas no fígado podem ser sinais de dois quadros principais:
- GVHD (ou Doença do Enxerto contra Hospedeiro, na sigla em inglês) -- leia mais em DECH é a complicação mais frequente após o transplante de medula;
- hepato-toxicidade medicamentosa, que pode ter sido gerada por alguns dos remédios que ele tomou ultimamente.
Obviamente é impossível concluir ou afirmar qualquer coisa até que os resultados de todos os exames sejam liberados (alguns ficarão prontos em 2 dias, outros em até 7 dias). Mas, em se considerando que GVHD não costuma trazer como sintoma apenas toxixidade hepática (geralmente, o paciente apresenta, além da infecção no fígado, manchas e lesões na pele e infecção intestinal), tende-se a acreditar que o processo infeccioso que teria deflagrado a febre de hoje está mais relacionada mesmo aos efeitos de determinados medicamentos.
Agora no final da noite, Lucca passou pela ultrassonografia de abdôme e, segundo o Dra Maria Carolina, que realizou o procedimento, nenhuma lesão ou alteração significativa no fígado teria sido identificada. O laudo oficial, contudo, ainda não foi publicado.
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