sábado, 25 de abril de 2009

Nossa primeira noite em casa!

A emoção de poder deixar o hospital ontem à tarde, tendo ao meu lado meu filho bem, inteiro, caminhando com suas prórpias pernas, sinceramente, não é algo que eu consiga descrever, traduzir em palavras.

O máximo que posso dizer é que chorei. O tempo todo. Um choro sentido, de alegria pura. Quase que como se tivessem tirado de cima de mim um medo que, lá no fundo, insistiu em me acompanhar por tanto tempo....

Cada vez que eu olhava pro banco do lado, no carro, e via ali o Lucca, era como se um mundo novo se abrisse, do nada. Era a esperança traduzida em realidade. Minha vontade era de abraçá-lo minuto a minuto, enchê-lo de beijos. Fiquei repetindo um milhão de vezes sobre quanto o amo, quanto o admiro, quanto aprendo com ele, quanto me orgulho de ser sua mãe.

E ele.... bom, ele estava bem. Estava feliz, isso era notório. Mas tenso. Olhava a rua, pedia pra eu dirigir a não mais de 40km/h. Às vezes esboçava uma certa irritação, um desconforto, como se estivesse lutando contra os próprios medos, as próprias angústias.... Queria chegar logo em casa mas disse que estava morrendo de vontade de comer salsicha cortadinha em rodelinhas e o novo salgadinho Doritos sabor pimenta. Pediu que eu parasse no supermercado.

Entrar em casa foi como retomar as rédeas da vida, voltar ao ninho. Ele entrou, não queria falar muito, mas atentou a cada detalhe, na cozinha, nas salas, nos quartos, na cama dele. Como se buscasse resgatar o tempo que havia ficado longe daqui.

Comeu um pouquinho. Quis ficar deitado na cama dele assistindo Cartoon Network na TV. Tomou os remédios sem dar trabalho algum.

Eu comecei a desfazer algumas malas, a também retomar um pouco as rédeas da minha realidade. De leve. Devagar. Porque fazia isso entre as vezes que entrava no quarto prá espiá-lo, cobri-lo (nossa, fez frio à beça, meu deus!!! Lá no quarto do hospital, ultra climatizado, não dava pra ter noção do clima aqui fora hehehe....). E, principalmente, para checar sua febre.

Afinal, está muito claro na receita que a Dra Ju nos deu na alta médica: remédios para pressão, infecções, estômago, a ciclosporina etc... Mas, "em caso de febre, Einstein"! Pois é, o controle da temperatura corpórea é fundamental. Porque febres podem ocorrer nessa fase pós-alta. Se o termômetro marcar 37,8oC, pode ser um sinal de infecção. Portanto, o procedimento a ser seguido é: medicá-lo, ligar pros médicos e correr para o hospital para que se interceda o mais precocemente possível.

Nem preciso dizer que passei a noite toda com o termômetro em punho. Mas felizmente correu tudo bem. Sem febres. Sem desconfortos. Sem sinais que pudessem preocupar. Sem saber onde colocar tanta felicidade que eu estava sentindo de ter o Lucca aqui em casa de novo!

Falta apenas trazer o Marccão e a Lellinha de volta. Eles ainda ficaram na casa da vovó, porque estão super gripados. E vírus respiratório é algo com que Lucca não pode ter contato de jeito algum. Daqui há pouco vamos fazer uma visita-surpresa pra eles, que ainda não sabem da alta do irmão mais velho. Isso será logo depois que voltarmos do Einstein. Estamos indo lá pra fazer uma coleta de sangue, de rotina (uma nova rotina!), pra saber as contagens de hoje.

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