Mais uma vez, foi no olhar guerreiro e na vivacidade do meu filho que busquei forças e me pus a agradecer pela milésima vez por tê-lo de volta em casa
Eram pouco mais de 9h da noite. Lucca e eu estávamos brincando e batendo papo na sala enquanto, na TV, passava a edição de hoje da revista eletrônica Fantástico, exibida pela Rede Globo. Não estávamos tão atentos ao programa porque, naquele momento, queríamos encontrar na internet o telefone do serviço de delivery do Pizza Hut. É, Lucca estava morrendo de vontade de comer pizza de lá rsrs.....
Nesse meio tempo, estava começando o novo episódio da série "Transplantes: O Dom da Vida", que hoje tratou mais a fundo das questões relacionadas ao transplante de pulmão (assista clicando em http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1099140-15605,00.html).
A matéria atraiu minha atenção. E a do Lucca também. Largamos o computador. Desistimos do Pizza Hut (não havia delivery disponível pra nosso bairro naquele momento...). Olhávamos aquelas cenas em detalhes. Eu num sofá, Lucca deitado no outro. Ouvíamos Dr Drauzio Varella descrever os momentos que antecederam o chamado para que a paciente Kelly, que aparece na matéria, pudesse se internar -- o orgão pelo qual ela tanto esperava finalmente havia sido localizado. E de toda a angústia e sofrimento, inclusive físico, que ela passou até que isso acontecesse...
Eu só conseguia me lembrar da situação do Lucca. Segurar as lágrimas estava difícil à beça a essa altura.... Pensei em como tinha sido difícil chegar até aqui, em quanta angústia eu senti, em quanto medo, no sofrimento enorme de vê-lo naquele hospital e eu, no fundo, me sentindo tão impotente... Mas, ao mesmo tempo, eu só queria agradecer! Porque de fato foi longa a espera de 7 meses até que o 'ok' para o transplante dele saísse. Pareceu uma eternidade. Uma caminhada longa. Até porque era uma corrida contra o tempo. Mas Lucca passou por essa fase quase que intacto, sem sintomas -- o que foi o mais maravilhoso de tudo!
Agora ele está aqui....Bem!
Também ele chorou ao assistir a reportagem na TV. Também ele sabe que há muito pra agradecer. Falamos sobre o máximo que foi conseguirmos dar os passos que damos. Encontrar os médicos, as respostas, as alternativas. Falamos sobre a oportunidade de podermos fazer esse transplante no Einstein, que é sem dúvida um hospital de referência mundial nessa área. Sobre os médicos excelentes que cruzaram nosso caminho. Falamos sobre os amigos, as ajudas, as forças que recebemos....
"Deus foi muito bom comigo, né, mamãe? Isso foi por que eu fui forte?", me perguntou ele, enquanto a gente se abraçava muito, chorando de alegria, no final da reportagem. Tudo que consegui responder foi que tinha sido por isso, sim. E que ele É forte!
Um comentário:
Ah, eu também assisti, lembrei de vocês e me emocionei!
Fico feliz por estarem bem e em casa! Isso é Fantástico! ;) hehehe
Um beijo grande e sucesso!!!
Flo
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