Mal tínhamos nos refeito daquele choro todo por conta da série sobre transplantes de órgãos na televisão, e veio mais um banho de emoção. E de orgulho pro Lucca.
No próprio Fantástico, assistimos uma outra reportagem que falava sobre o Linfoma que foi diagnosticado na ministra da Casa Civil, Dilma Roussef (confira em http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1099154-15605,00-DILMA+ROUSSEFF+TEM+DE+CHANCE+DE+CURA+DO+LINFOMA.html). Além de contar sobre como havia sido a descoberta, a matéria trazia detalhes da doença.
Explicava que Linfoma é um câncer no sistema linfático, responsável pela defesa do organismo e por onde circulam os glóbulos brancos -- células que atuam no combate a doenças provocadas por vírus ou bactérias. Lucca só fez virar-se prá mim, com mum olhar surpreso e um sorriso orgulhoso de quem sabia bem do que estavam falando: "Glóbulos brancos, mamãe! São os leucócitos. Por que eles não dizem que são os neutrófilos que fazem isso?".
Seguia o repórter Alan Severiano dizendo que o tratamento do linfoma exige a realização de quimioterapia. Mais uma vez, Lucca entendi daquilo. Tinha acabado de viver aquilo. E se emocionou muito, quando soube como a quimioterapia de Dilma seria muito mais longa que a dele (a ministra terá de fazer seis sessões de até três horas cada, com intervalos de 21 dias entre uma e outra, num total estimado de quatro meses de tratamento). Nesse momento ele chorou: "Puxa, mamãe, a minha quimio foi chata mas passou rápido..... que bom Deus foi prá mim, né?".
Sua grande satisfação foi ver seu próprio médico, Dr. Nelson Hamerschlak, falando na matéria. Minha irmã, meu cunhados e meus sobrinhos estavam aqui. E Lucca não se cabia em si de poder dizer: "Tia Tata, Tio Junior, Gui, olha lá o Dr Nelson. É o meu médico. Só façta ele falar de mim hehehe.......".
A matéria estava quase terminando quando comentou que Dilma Rousseff já está usando um catéter no peito, implantado na altura da clavícula, por onde os medicamentos quimioterápicos lhe serão injetados. Lucca só fez colocar a mão sobre o catéter no próprio peito. Nesse momento, não disse nada. Só abriu um risinho. E balbuciou algo que não pude entender. Mas era como se ele enxergasse a si mesmo como parte de uma realidade que pode ser dura, mas que não é só dele. Que pode ser chata, mas que poderia ser muito pior. Que não é a que ele gostaria de viver... Mas que esplêndido que ele está vivo!
2 comentários:
oi Lu, o lucca é seu filhinho? eu tbm passei por isso, o meu era linfoma de hodkin :/ realmente não é fácil, mais agente fica feliz em saber que pessoas que tem a mesma doênça que agente tbm tão nessa luta pela sobrevivência...e mais feliz ainda quando nós e "elas" passam pelo tratamento e no final contam vitória!!! :D graças a Deus tô a 1 ano e 6 meses fora...contando vitória!! \o/ sou seguidora do teu blog agora ;D xeru =*
Esse Dr. Nelson é um craque mesmo!!! Melhor que ele só o Lucca, pra passar por tudo isso e ainda dar um banho de maturidade em todos nós...Estamos todos na torcida para daqui a muito pouco tempo você ir lá no Fantástico contar o quanto vc é um garoto "fantástico"!!!!
beijos
Karla
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