quarta-feira, 24 de agosto de 2011

INCA realiza capacitação de radialistas comunitários na Região do Amazonas

Objetivo é levar informações aos comunicadores sobre prevenção do câncer do colo do útero na região norte do País, área geográfica que lidera o ranking da doença, com incidência de 23 casos a cada 100 mil mulheres

Se há um órgão público de saúde no Brasil que funciona e que eu admire esse órgão é o INCA (Instituto Nacional do Câncer). Focado no desenvolvimento de ações nacionais integradas para o controle e prevenção da neoplasia, o INCA realiza continuamente uma série de iniciativas primorosas. E aqui destaco mais uma delas.

Nos dias 25 e 26 de agosto, será realizada em Belém do Pará, uma oficina da capacitação para radialistas comunitários da Região Norte do País, com o objetivo de divulgar e disseminar informações sobre a prevenção do câncer do colo.

A ideia é que os comunicadores estejam aptos para falar sobre o câncer cervical que, apesar de ser prevenível, ainda têm altas taxas de incidência e mortalidade no Norte do Brasil: a cada ano, são 23 casos por 100 mil mulheres, e quase 10 mortes por 100 mil mulheres.

Foram convidados 25 radialistas comunitários de diferentes cidades do Amazonas (São Gabriel da Cachoeira, Coari), Pará (Belém, Rondon do Pará, Monte Alegre, Rio Maria, Goianésia, Oriximiná. Alenquer, Jacundá) e Acre (Ji-Paraná, Rio Branco e Tarauacá).

“A região Norte ocupa o primeiro lugar na mortalidade por esse tipo de câncer no país. No ano de 2007, cerca de 15% de todos os óbitos por câncer nas mulheres de lá foram causados pelo câncer do colo do útero”, explica a coordenadora da Divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica do INCA, Ana Ramalho.

A médica completa dizendo que a ação é estratégica para que todos, inclusive, os companheiros e familiares das mulheres dessas comunidades estejam bem informados sobre o câncer do colo do útero. Além disso, mulheres, com pouca informação sobre a doença, resistem para fazer o exame, que ainda é visto com algum preconceito.

A coordenadora da Ong Criar Brasil, parceira do INCA na ação, Adriana Maria, diz que os comunicadores populares são, em geral, vozes de liderança dentro das comunidades e ferramentas poderosas para propagar as orientações dos profissionais da saúde.

Durante o primeiro dia de capacitação, os radialistas vão ter orientações sobre as técnicas radiofônicas, assim como a produção de materiais informativos veiculados em rádios, como entrevistas, flashes, spots e radionovelas. Já no segundo dia, os radialistas irão produzir materiais radiofônicos sobre o câncer do colo do útero. Será criada uma comunidade no site www.radiotube.org.br, onde serão postados os materiais de áudio que poderão ser compartilhados por um vasto número de comunicadores, não só da Região Norte como de outros estados.

A ONG Criar Brasil, parceira do INCA e responsável pela capacitação, trabalha há 17 anos pela democratização da comunicação no Brasil, através da produção de materiais radiofônicos ligados à cidadania e capacitações com comunicadores populares. Entre 2007 e 2008 a Criar Brasil foi responsável pela produção da Rádio INCA. Foram 40 programas e 40 spots distribuídos para 600 rádios comunitárias de todo o país sobre prevenção do câncer.

Um comentário:

HepatitesMS disse...

Olá Luciana.

A Hepatite B é uma doença silenciosa que, em sua forma crônica, atinge mais de dois milhões de brasileiros. Apesar de ser uma doença comum, nem todos conhecem as formas de transmissão ou prevenção, como a vacina, que está disponível nos postos de saúde. Para diminuir os riscos e consequências da Hepatite B, precisamos reforçar a divulgação das informações básicas. Por isso, contamos com sua ajuda. Entre em contato para receber todo o material da campanha!
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