O resultado do primeiro perfil de pacientes do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) Octavio Frias de Oliveira, ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, aponta que um em cada 10 internados no hospital tem até 30 anos de idade. E que 26% têm entre 31 e 50 anos. A faixa etária de 51 a 70 anos representa 49% das internações, enquanto os pacientes com mais de 70 anos representam por 15%. Já entre os pacientes atendidos no ambulatório do Icesp os pacientes com até 50 anos representam 36% do total, sendo 4% entre zero e 30 anos e 32% de 31 a 50.
Do total de 14,6 mil pacientes atendidos no hospital desde sua inauguração, em maio de 2008, um em cada quatro deles possui histórico de tabagismo ou alcoolismo. Entre os homens, o índice de tabagismo chegou a 26% dos pacientes, e o de alcoolismo, 12%. Já entre as mulheres com câncer atendidas no hospital 11% têm histórico de tabagismo anotados no prontuário, e apenas 2% de alcoolismo.
Os maiores índices de tabagismo foram encontrados entre os pacientes dos grupos de urologia e de cirurgia torácica, com 46% e 44% do total de pessoas atendidas, respectivamente. Entre os homens atendidos na cirurgia torácica o índice de tabagistas chega a 61%. Os números mais altos de consumo excessivo de álcool foram verificados entre os pacientes do grupo de cirurgia geral, com 20% do total de atendimentos, sendo 41% dos homens. Já entre os pacientes que passaram pelo grupo de cirurgia do aparelho digestivo o índice de tabagismo chegou a 42%, sendo de 52% entre os homens. Entre os atendidos pela equipe de cirurgia de cabeça e pescoço, 32% têm histórico de tabagismo (55% dos homens), e no grupo de neurocirurgia o índice chega a 35%.
Mais mulheres
Segundo o levantamento, 60% dos internados no Icesp são do sexo feminino. As mulheres também respondem por 66% dos atendimentos em ambulatório. Dos pacientes internados, 25% são da zona sul da cidade de São Paulo, 15% da zona leste, 12% da zona norte, 6% da zona oeste, 6% da região central, 28% da região metropolitana, 5% do interior e litoral e 5% de outros estados. Já entre os atendidos no ambulatório, 20% são da zona sul, 17% da zona leste, 13% da zona norte, 5% da zona oeste, 3% da região central, 31% da região metropolitana, 10% do interior e litoral e 1% de outros estados.
A maioria dos internados no Icesp, 55%, tem apenas o primeiro grau completo, enquanto 23% possuem o segundo grau, 15% têm pelo menos o curso superior e 6% são analfabetos. A proporção dos pacientes de ambulatório é semelhante. “Chama a atenção que o hospital esteja atendendo tanta gente jovem, alguns com menos de 30 anos de idade. O câncer não tem idade, e a melhor arma é a prevenção, por meio de hábitos de hábitos de vida saudáveis, e informação sobre o histórico familiar em relação à doença”, afirma Giovanni Guido Cerri, professor da USP e diretor geral do Icesp.
O diretor do Instituto afirma ainda que, embora diversos fatores contribuam para o desenvolvimento do câncer, os números apresentados pelo hospital revelam que o tabagismo e o consumo excessivo de álcool são hábitos que podem auxiliar no desenvolvimento da doença. “Especialmente o cigarro, que está fortemente ligado a cânceres de pulmão, esôfago, pâncreas, próstata, bexiga e boca, entre outros”.
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Prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado.
Apóie-se nesse tripé!
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