terça-feira, 12 de maio de 2009

Exames do Lucca se estabilizam e surge nova hipótese para explicar as febres recentes que ele teve

Os hemogramas do Lucca nos últimos dois dias trouxeram resultados instigantes. O total de plaquetas era 37.000/mm3 ontem e hoje, 25.000/mm3. Os leucócitos, que ontem somaram 5.100/mm3, hoje são 3.300/mm3. O nível de hemoglobina (glóbulos vermelhos) também voltou a cair -- ontem foi de 9,4 g/dl e hoje chegou em 8,7 d/dl.

O que, a princípio, poderia ser um indício de preocupação, na verdade abriu uma nova hipótese para explicar a causa do quadro de febre que Lucca apresentou nos dias 27/4, 04/5 e 10/5.

Segundo Dr Nelson e sua equipe, esses sinais apontam para uma explicação ainda mais provável que a levantada ontem, de que poderia vir a ser uma reação do organismo do Lucca ao uso do medicamento ciclosporina.

Dois foram os fatores principais que levaram os especialistas a tender para essa nova hipótese: o quadro geral do Lucca que voltou as se estabilizar, com ausência de febre; e o nível de desidrogenase láctica (DHL) -- que chegou a 3245 U/L -- mas caiu significativamente no último exame, para 1688 U/L.

Esse resultado -- aliado à leve anemia verificada no Lucca, às recentes quedas nos níveis de hemoglobina e até mesmo à identificação de alguns glóbulos vermelhos em sua urina -- comprovam a ocorrência de hemólise no organismo dele. Que poderia ser sinal do efeito colateral da ciclosporina. Mas como o DHL caiu mesmo sem a suspensão do uso da ciclosporina, a hemólise pode ter outra causa.

Investiga-se duas novas possibilidades:
  1. alguma reação do organismo do Lucca às plaquetas que lhes foram transfundidas quando de sua visita de rotina ao ambulatório, no sábado de manhã (a amostra poderia conter algum antígeno que não foi observado no momento da triagem e, uma vez infundido no sangue dele, teria causado esse efeito já a partir daquela mesma noite);
  2. sinal de pega medular total -- o que seria a melhor de todas as notícias e explicaria perfeitamente as quebras celulares e os efeitos sobre os glóbulos vermelhos.

De novo: todas essas são hipóteses, que precisam ser e estão sendo cuidadosa e detalhadamente estudadas pela equipe médica para que qualquer afirmação seja feita. Aguardemos, com os dedos cruzados em figas, pelos novos resultados e prognósticos médicos.

2 comentários:

Mário R. disse...

Lu, quando li esse teu post, a primeira frase que me veio à cabeça foi aquela que li no livro que você me deu de Antoine de Saint-Exupéry: "Na vida, não existem soluções. Existem forças em marcha: é preciso criá-las e, então, a elas seguem-se as soluções."

Tua coragem e perserverança de sempre são um monte de coisas: são exemplos prá quem vive achando que qualquer problema é grande o bastante pra deixar-se derrubar; são provas cabais de que a paciência é mesmo algo que precisamos aprender a cultivar sempre; são retratos-vivos de que acreditar e pensar positivo vale muito a pena!

Acredite: esse trasntorno todo está quase acabando de vez! Logo logo tudo entrará na sua mais perfeita ordem.

To com saudades de vc, meu anjo...
Bjo,
Tato

KARLA SARQUIS disse...

Algo me diz que será a segunda hipótese (a da pega medular). Aliás, vc deveria contar no blog o quão fantástico e inédito é o caso do Lucca. Quando a "pega" finalmente acontecer e seu organismo se estabilizar (e isto VAI acontecer logo, de Deus quiser...e ele quer!) será um marco na história da medicina brasileira, não é???

Estamos todos de dedos cruzados. Pode apostar!!! Amanhã eu mando mais fitas...

beijos

love