Exames de sangue e urina do Lucca voltam a apresentar estabilidade

Dr Nelson Hamerschlak suspeita que o quadro de febres que Lucca apresenta sempre que recebe alta médica possa ser sinal de efeito colateral da ciclosporina

Neste final de semana, desde que foi reinternado aqui no sábado à noite, Lucca foi submetido a vários exames de sangue, urina, cultura e até um ecocardiograma (que utiliza o aparelho de ultrassonografia para avaliar, por imagem, o funcvionamento e o aspecto do coração) -- esse último para afastar a suspeita de que a febre registrada poderia ser sinal de infecção no catéter de Hickman que foi colocado em seu peito há dois meses.

Alguns, como o que pesquisa a presença de vírus na urina e no sangue, ainda não ficaram prontos. Mas uma boa parte foi concluída e, nos resultados de hoje, voltaram a trazer números dentro ou bem próximos da faixa de normalidade. Mesmo leucócitos e plaquetas estão ótimos de novo: 4.300/mm3 e 43.000/mm3 respectivamente.

Houve ontem, contudo, uma queda significativa, de quase dois pontos, no nível de hemoglobina do Lucca. Associado a isso, ele teve bem alterado um outro exame chamado DHL (que mede a deshidrogenase láctica e que, quando aumentada, pode significar um efeito chamado hemólise = quebra celular). O que poderia ser uma reação adversa da ciclosporina, imunossupressor que ele toma desde após o transplante para prevenir e evitar rejeição.

De novo, não se pode afirmar nada até que todas as pesquisas sejam concluídas, mas isso explicaria a febre do sábado, a presença de sangue verificada na urina do Lucca naquele mesmo dia, a queda no nivel de hemoglobina no sangue dele registrada ontem, a anemia decorrente que ele estava (ontem à noite ele recebeu uma transfusão de glóbulos vermelhos para corrigir isso).

Enfim... Divido aqui esses fatores em detalhes com o prósito único de dividr informações e porque acho importante compartilhar a tranquilidade que recebo dos médicos. De que, cientificamente, isso que está acontecendo com Lucca é mesmo esperado, que pode ocorrer. E que, emocionalmente, há luz no fim do túnel.