segunda-feira, 20 de abril de 2009

Lucca receberá mais uma transfusão de plaquetas hoje

O total de leucócitos do Lucca segundo o hemograma de hoje está em 1800/mm3, cem a menos do que o resultado de ontem. Mas, a princípio, esse não é um motivo forte para preocupações, já que a oscilação ainda é esperada. E, se considerarmos especialmente os neutrófilos (que são os tipos de leucócitos responsáveis pelo combate às infecções bacterianas), a queda foi quase inexpressiva: de 1406/mm3 ontem para 1386/mm3 hoje.

A quantidade de plaquetas, contudo, é que chama mais atenção: ela voltou a cair para 18000/mm3 (mesmo valor de dois dias atrás, quando ele recebeu uma bolsa de plaquetas e o total subiu 41000/mm3 no hemograma de ontem).

Por estar novamente abaixo do limite mínimo de 20000/mm3, Lucca receberá agora à tarde mais uma transfusão de plaquetas.

Como já mencionei antes, as plaquetas são componentes do sangue fabricados pela medula óssea. Sua função principal está relacionada à coagulação sanguínea, isto é, as plaquetas são as células que coibem os sangramentos. A deficiência de plaquetas no organismo leva a um risco iminente de hemorragia, que pode levar à morte se não for feita uma transfusão plaquetária.

Vários são os fatores que deflagram essa deficiência. O paciente pode não produzir plaquetas devido a uma doença da medula óssea, ou ao uso de medicações que inibam sua produção. No caso do Lucca, a plaquetopenia (que é o resultado de uma produção ineficaz de plaquetas) é conseqüência do tratamento quimioterápico e do TMO a que ele foi submetido.

"Depois de um transplante de medula, em especial feito com células de cordão, as plaquetas geralmente são os componentes do sangue que mais demoram a 'pegar', ou seja, são os que o organismo leva mais tempo para produzi-los novamente. Isso não impede, por exemplo, que aconteça a alta médica. O paciente pode receber trasnfusões de plaquetas em esquema ambulatorial nas 2 ou 3 vezes por semana que ele voltará ao hospital logo após ter saído da unidade de TMO e retomado sua vida em casa", explica a Dra Juliana Folloni, hematopediatra da equipe do Dr nelson Hamerschlak, que acompanha o Lucca.

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