
Pessoas com níveis altos ou mal controlados de glicose no sangue podem apresentar vontade de urinar diversas vezes, fome e sede constantes, perda de peso, fraqueza, fadiga, nervosismo, mudanças de humor, náuseas e vômitos.
Para controlar este tipo de diabetes é necessário o equilíbrio de três fatores: a insulina, o exercício e a alimentação. Nesse último quesito, é preciso lembrar que estamos falando de um tipo de diabetes que atinge essencialmente jovens, e que jovens estão muitas vezes em crescimento e têm vidas bastante ativas. Assim, o plano alimentar deve ser elaborado considerando essa realidade. Para o dia-a-dia, é desaconselhável a ingestão de carboidratos de ação rápida (sumos, bolos, cremes) e incentivado os de ação lenta (pão, bolachas, arroz, massa...) de modo a evitar picos de glicemia.
Muitas vezes se ouve que o diabético não pode praticar exercício. Esta afirmação é completamente falsa! O exercício contribui para um melhor controle da diabetes, pois contribui no processo de queima do excesso de açúcar, gorduras, melhorando a qualidade de vida. Por vezes, torna-se necessário dobrar um pouco as regras: para praticar exercícios que requerem muita energia, é preciso consumir muita energia também, ou seja, consumir carboidratos lentos e rápidos.
A DM1 é bastante diferente da Diabetes Tipo 2, que tem mecanismo fisiopatológico complexo e não completamente elucidado. Parece haver uma diminuição na resposta dos receptores de glicose presentes no tecido periférico à insulina, levando ao fenômeno de resistência à insulina. Nesse tipo de diabetes, as células-beta do pâncreas aumentam a produção de insulina e, ao longo dos anos, a resistência à insulina acaba por levar as células beta à exaustão.
Não se sabe ao certo por que as pessoas desenvolvem o DM1. Sabe-se que há casos em que algumas pessoas nascem com genes que as predispõem à doença. Mas outras têm os mesmos genes e não têm diabetes. Pode ser algo próprio do organismo, ou uma causa externa, como por exemplo, uma perda emocional. Ou também alguma agressão por determinados tipos de vírus como o cocsaquie.
Sobre a Insulina
A insulina é um hormônio essencial à vida, produzido pelo pâncreas. Por ser uma proteína, ela não pode ser ingerida por via oral, pois, nesse caso, seria digerida pelas enzimas do aparelho digestivo. Para o controle adequado da insulina no organismo de pacientes com DM1, são necessárias tanto uma insulina de ação lenta (controla a glicemia de jejum e entre as refeições) quanto uma insulina de ação rápida (controla a glicemia após a refeição). Essa é uma área da medicina que evoluiu muito nos últimos anos em relação a alternativas de tratamento.
Tratamento
Todo dia picadas para injetar insulina. Esse era o dia-a-dia de uma pessoa com diabetes, até bem pouco tempo... E ainda é realidade para muitos doentes. No entanto, avanços, frutos de anos de pesquisas científicas, já começam a mudar a vida dos pacientes, reduzindo o desconforto e melhorando a eficácia do tratamento.
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, a área da diabetologia passou nos últimos 10 anos por uma "reforma" em seus medicamentos e insulinas. "Nunca, em tão pouco tempo, passamos a dispor de insulinas e seus análogos com efetividade e tempos de ação muito mais próximos da secreção fisiológica da insulina pelo pâncreas não-diabético. Isto nos deu muito mais flexibilidade do tratamento do diabetes tipo 1, facilitando trazer a Hemoglobina Glicada para mais próximo da normalidade", diz a SBD.
Já se fala em insulina inalável, uma insulina com ação rápida, que poderia ser empregada antes das refeições, por meio de um aparelho parecido com um inalador. O que se espera com essa nova forma de apresentação, é que alguns pacientes com diabetes tipo 1 consigam reduzir o número de injeções de insulina por dia.
Ainda em estudo também, a insulina poderá em breve vir em forma de comprimido que substituiriam as várias injeções de insulina por dia. A substância via oral era impossível em função da ação dos ácidos estomacais que a destruíam antes de ser absorvida. No entanto, esse problema está sendo resolvido: um laboratório farmacêutico de pesquisa criou uma capa especial para a cápsula, que protege a insulina dos ácidos, permitindo que passe para o intestino delgado onde será absorvida.
Pode-se falar em Cura do Diabetes?

Há pelo menos mais outros dez centros pesquisando essa alternativa. No Brasil o trabalho é desevolvido nos laboratórios da Universidade de São Paulo, sob a liderança de cinco especialistas. As primeiras experiências ocorreram em 2002 com nove voluntários. "A técnica é estudada há 30 anos. Mas só depois de Alberta, porém, tornou-se uma esperança para a cura da doença", analisa o coordenador do estudo, Freddy Goldberg Eliaschewitz, endocrinologista de São Paulo.
O método é recomendado para diabéticos em estado grave. Apesar das perspectivas serem animadoras, o transplante das ilhotas é indicado, por enquanto, apenas para um grupo restrito de pacientes. Isso porque, após a operação, é preciso recorrer a remédios que evitam a rejeição das novas células e essas substâncias diminuem a resistência do organismo: "Só vale a pena trocar as doses diárias de insulina pelas drogas quando há risco de vida para o doente", explica Eliaschewitz. Além disso, o fato das ilhotas não estarem tendo uma duração razoável de permanência no organismo, a indicação ainda não é para qualquer caso, dirigindo-se muito mais para o transplante de Pâncreas, órgão inteiro.
As células-tronco também podem vir a ser uma saída. Algumas células do organismo têm potencial para se transformar em qualquer outra célula, como a das ilhotas pancreáticas que produzem insulina. Esse conceito pode se tornar uma solução para a oferta de novas células para o controle da diabetes.
Fontes:
- Sociedade Brasileira de Diabetes
- Ministério da Saúde
Sugestão de livros:
- Entendendo a Diabetes – Para educação do Paciente. Norwood, Janet W. & Inlander, Charles B. Julio Louzada Publicações. São Paulo, 2000.
- Diabetes de A a Z: o que você precisa saber sobre diabetes explicado de maneira simples. American Diabetes Association. JSN editora. São Paulo, 1998
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