segunda-feira, 20 de abril de 2009

Campanha Doe Vida em Vida: Seja um doador de plaquetas

Há mais ou mesmo um mês, lembro de ter vindo aqui prá pedir um favor, mais um: que aqueles que pudere, tornem-se doadores de sangue -- em especial de plaquetas --, a fim de engrossarmos uma corrente a que dei início em setembro do ano passado.

A doação de plaquetas é diferente da doação de sangue. Do sangue colhido, são separadas as células de plaquetas e, então, se devolve os outros componentes ao doador, tudo isso de forma concomitante, estéril e segura. Para isso, exige-se apenas que as doações sejam previamente agendadas.

Quando lancei a campanha "Doe Vida em Vida", foi com o intuito de mobilizar o maior número possível de pessoas a se candidatarem como doadores de medula, uma ação simples e super segura que pode salvar vidas. Hoje existem mais de 1200 pacientes somente no Brasil, que sofrem de doenças das mais distintas e aguardam por um transplante de medula para se salvarem. Há também a causa nobre da doação de cordões umbilicais que merece uma atenção triplicada!!

A verdade é que, conseguir um doador compatível ainda é algo bastante difícil (fala-se numa probabilidade de 1 em cada 1000 pessoas) e, por isso, é a primeira grande luta que se tem prá vencer.

Mas, depois de localizadas as células necessárias para que o transplante ocorra, outras tantas batalhas vêm pela frente. Lucca é prova viva disso. Foram mais de sete meses de espera até encontrar, nos Estados Unidos, células do sangue de um cordão umbilical com compatibilidade de 5 partes em 6 (isto é, de cerca de 83%). Daí veio a internação, a quimioterapia, os rudes efeitos colaterais da quimioterapia, o transplante de medula no dia 19/3/2009.

Contando com a de hoje, Lucca já precisou receber 9 bolsas de plaquetas -- essa última contendo 252ml de células de tipo sanguíneo AB+, cujo procedimento de infusão acabou há cerca de meia hora.

As tranfusões ocorreram sempre que Lucca alcançou um total de plaquetas menor do que 20.000/mm3, numa ação contra a plaquetopenia e os riscos de hemorragia e até de morte que decorrem dela.

Felizmentem todas as vezes que a deficiência de plaquetas foi detectada no hemograma do meu filhote, o Banco de Sangue aqui do HIAE* dispunha de amostras para permitir a transfusão e atender as necessidades dele. Mas isso não é via de regra. Porque esse é um componente se sangue que depende da doação e precisa ser sempre reposto. Para isso, o Einstein busca aumentar o número de doadores atualmente registrados.

Sei que muitos já vieram fazer seus cadastros e doações -- só posso cumprimentá-los e agradecê-los por isso! Mas tomo a liberdade de pedir, uma vez mais, para que outras pessoas ajudem tornando-se doadores de plaquetas, sangue e medula. Ou, na impossibilidade de fazê-lo, que sejam multiplicadores dessa idéia.

Doar sangue é um ato de solidariedade.
Mais do que isso, é um ato de amor e um brinde à vida!


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*HIAE (Hospital Israelita Albert Einstein)

Consulte também:
http://www.einstein.br/Hospital/especmedicasservicos/BancoSangue/PerguntasFrequentes/Paginas/DoacaoPlaquetas.aspx
http://www.prosangue.sp.gov.br/prosangue/actiondoacao.do?acao=plaquetas
http://www.abrale.org.br/como_ajudar/doacao_plaquetas/index.php?area=plaquetas
http://www.aliriopfiffer.org.br/doa_plaqueta.htm

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