O tempo parecia se arrastar no domingo passado quando Lucca tomou pela primeira vez uma dose do imunosupressor ATG, que durou longas 12 horas e lhe provocou reações adversas tão desagradáveis. Vivemos uma angústia que achávamos que nunca ia passar...
Qual não é a nossa sensação atual -- que mistura alegria, alívio, felicidade e uma vontade enorme de romper a noite agradecendo: a última infusão desse anti-timócito antes do transplante acabou há menos de meia-hora. E meu pequeno, que dormia como um anjo, assim continua nesse momento.
A essa altura, confesso que sei muito pouco como descrever o quanto importante foi passar por mais essa etapa.... Vencer mais essa etapa. Porque, não posso negar, a história do Lucca com essa doença horrível tem sido marcada, graças a Deus, por grandes e importantes vitórias. Vitórias dele, acima de tudo, porque ele merece!
Mais do que o último dia de ATG, essa véspera do TMO tem um significado muito maior. É a prova viva de que chegou a hora e que Lucca está aí, firme, sem sequelas ou sintomas da adreno -- pronto enfim pra virar essa página e começar a escrever uma vida nova.
Há um outro item que merece ressalva: já comentei antes do quanto minha separação -- prá lá de traumática -- impactou (em mim, nas crianças e em muita gente) esse tempo todo. Mas o Marcelo ter estado aqui hoje ao lado do Lucca fazendo-o sorrir como antes, e de, apesar da separação, nós dois termos conseguido estabelecer uma relação mútua de cordialidade, respeito e amizade, colocando o bem estar do nosso filho acima de qualquer outra coisa... puxa, isso tem um valor muito grande!
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