Apesar das visitas e mais telefones e mensagens super gostosas que Lucca recebeu, este domingo não está sendo muito fácil pra ele.
Desde de manhã, está bem indisposto, tanto que, por volta de 1h30 da tarde, sentiu-se mal e acabou vomitando bastante. Também referiu dores no corpo, muita indisposição física, dor muscular em especial nos braços, náuseas e vômito.
Isso está diretamente relacionado às medicações que ele está recebendo (quimioterápicos e imunoterápicos), que são bastante fortes e têm grande capacidade para agredir o organismo do paciente. O que me tranquiliza, por uma lado. Afinal saber que as coisas estão sob controle me dá uma grande força interior.
Mas, fato é que Lucca está muito choroso hoje, super nervoso e parece angustiado. Pediu que eu deitasse do lado dele e, sussurrou baixinho entre o choro copioso: "Mamãe.... por que tá acontecendo isso tudo comigo? Por que eu tive que ter essa doença? Tô com medo de que alguma coisa dê errado".
Bom, quem me conhece bastante e mesmo aqueles que me conhecem há bem pouco tempo já devem imagnar como estou me sentindo, como me doeu ouvir isso e ve-lo dizer: "Mamãe, desculpa por eu ter essa doença". Isso tudo me fez chegar bem perto de desabar.... Porque, por mais bem resolvida que esteja em mim essa questão da hereditariedade da doença, a dor e a angústia que eu sinto dentro de mim me chega como se fosse o golpe de uma faca bem pontuda e afiada, cravada na minha testa e no meu coração......
De novo: não tenho dúvida alguma de que ele está sendo cuidado por profissionais (médicos, dentistas, psicólogos e enfermeiros) de excelência inconstestável. E de um coração enorme também. Mas, por mais firme que eu esteja e saiba que preciso estar sempre, é num momento como esse que sinto como se o chão ruísse......
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