Carinhos e carícias à parte, o beijo tem efeitos diretos não apenas na saúde emocional das pessoas, mas na saúde física também.
Especialistas dizem que beijar na boca movimenta mais de 30 músculos da face e da língua, num esforço que funciona como uma ginástica facial. Além disso, eleva para cerca de 150 bpm os batimentos cardíacos, o que gera maior bombeamento sanguíneo e aumenta a oxigenação das células, estimulando as funções circulatórias. Há ainda estudos que mostram que o toque dos lábios age diretamente na redução dos índices de insônia e das dores de cabeça. Para os preocupados com os quilinhos a mais, outra boa notícia: um beijo caprichado gasta, em média, doze calorias.
Há, contudo, o outro lado da moeda. Por estabelecer contato direto entre mucosas bucais, o beijo na boca pode favorecer a transmissão de algumas doenças como cárie, gengivite, herpes, mononucleose, tuberculose, gripe, rubéola, caxumba, sarampo, catapora e meningite.
Vale salientar aqui que, diferente do que muitos pensam, o beijo nunca foi estabelecido como forma de infecção pelo HIV. A quantidade de virus HIV na saliva é muito pequena e, além disso, nela existem várias enzimas que protegem a boca de uma possível contaminação. Só há perigo de contaminação pelo HIV caso as duas pessoas tenham péssima higiene oral e sangramentos constantes na boca. Feridas secas não conseguem transmitir o vírus. Uma pessoa que tem cuidados básicos com sua boca e costuma ir ao dentista não tem como transmitir o HIV através do beijo.
Em entrevista ao portal UOL, o dentista Paulo Sérgio de Almeida Fernandes explicou que, na língua, existem 92 espécies de microorganismos, incluindo os responsáveis pelo mau hálito. Segundo ele, o ideal é que a pessoa conheça quem está beijando e, se possível, observe alguns sinais externos como odor e pequenas feridas. A moda atual, especialmente entre os mais jovens, de beijar várias pessoas na mesma noite, não é nada saudável, na opinião do especialista.
Cuidados com a saúde bucal
Como dizem os comerciais de pasta de dente, hálito puro e sorriso saudável são o resultado de uma boa higiene bucal. É preciso escovar corretamente os dentes e a língua, além de visitar o dentista de seis em seis meses para fazer um check up e limpeza. A falta de tratamento para problemas aparentemente simples, como cárie, gengivite e o mau hálito, pode acarretar, inclusive, a perda de dentes.
São sinais de boca saudável:
- dentes limpos e livres de resíduos alimentares
- gengiva que não sangra nem dói durante a escovação dos dentes ou o uso de fio dental
- hálito inodoro
Existem algumas medidas muito simples que cada um de nós pode tomar para diminuir significativamente o risco do desenvolvimento de problemas bucais:
- Escovar bem os dentes e usar fio dental diariamente em todas as escovações;
- Ingerir alimentos balanceados e evitar comer entre as principais refeições.
- Usar produtos de higiene bucal, inclusive creme dental, que contenham flúor;
- Usar enxagüante bucal com flúor, se seu dentista recomendar.
- Garantir que as crianças abaixo de 12 anos tomem água potável fluoretada ou suplementos de flúor, se habitarem regiões onde não haja flúor na água.
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