terça-feira, 1 de junho de 2010

Atenção: Vacinação contra gripe H1N1 acaba amanhã, 02/6

Brasil já imunizou mais de 70 milhões de pessoas, mas alguns grupos -- como gestantes, adultos de 30 a 39 anos e crianças de 2 a 5 anos -- ainda estão abaixo da meta de 80% de cobertura

Termina amanhã, 2 de junho, o prazo para que crianças de 2 a 5 anos e adultos de 30 a 39 anos vacinem-se contra a gripe H1N1. Gestantes que ainda não se vacinaram também devem procurar um dos 36 mil postos do país.

O prazo inicial terminou em 28/5 mas, como a meta de imunizar no mínimo 80% das pessoas não foi atingida nesses grupos, o Ministério da Saúde estendeu a campanha.

Na faixa etária de 2 a 5 anos, há o registro de apenas 5,4% de doses aplicadas, isto é, 515 mil pessoas vacinadas de um público estimado em 9,6 milhões. Entre os adultos de 30 a 39 anos, a cobertura está em 55,2% – 16 milhões de imunizados, em um público estimado de 29 milhões. Nas gestantes, a cobertura é de 70%, com mais de 2,1 milhões de mulheres vacinadas.

“Faço um apelo aos pais e responsáveis que levem as crianças aos postos. O recado também é importante para os adultos de 30 a 39 anos, que estão nesta última etapa”, afirma o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Ele lembra que, com a chegada do inverno, o país entra no período de maior transmissão de doenças respiratórias. “É essencial, portanto, que os grupos mais vulneráveis ao vírus estejam protegidos”.

Segundo a equipe de Temporão, no total, esta é a maior campanha de imunização realizada no país, com o registro de 70,5 milhões de doses aplicadas (superando a campanha de vacinação contra rubéola, que imunizou 67 milhões de pessoas em 2008).

Em 2010, o Brasil contabilizou 540 internações e 64 mortes em decorrência da gripe H1N1, até 8 de maio. Desse total, 18% dos casos graves e 30% dos óbitos foram em gestantes. Por isso, o Ministério da Saúde reforça a importância de todas as grávidas, em qualquer período da gestação, procurarem um posto para tomar a dose da vacina. No ano passado, foram registrados 2.051 óbitos em todo o país. Desse total, 1.539 (75%) ocorreram em pessoas com doenças crônicas e 189 entre gestantes. Adultos de 20 a 29 anos concentraram 20% dos óbitos (416, no total) e os de 30 a 39 concentraram 22% das mortes (454, no total).


Sobre a H1N1
A influenza H1N1, uma nova variação do vírus H1N1, teve seu primeiro caso confirmado em abril de 2009, no México. As principais características do processo de transmissão da influenza são:
  • alta transmissibilidade;
  • maior gravidade entre os idosos, as crianças, os imunodeprimidos, os cardiopatas e os pneumopatas;
  • rápida variação antigênica do vírus influenza (o que favorece a rápida reposição do estoque de susceptíveis na população);
  • apresenta-se como zoonose entre aves selvagens e domésticas, suínos, focas e eqüinos que, desse modo, também constituem-se em reservatórios dos vírus.
Os vírus influenza são compostos de RNA de hélice única, da família dos Ortomixovírus e subdividem-se em três tipos: A, B e C, de acordo com sua diversidade antigênica. Os vírus podem sofrer mutações (transformações em sua estrutura). Os tipos A e B causam maior morbidade (doença) e mortalidade (mortes) que o tipo C. Geralmente, as epidemias e pandemias (epidemia em vários países) estão associadas ao vírus influenza A.


História
O primeiro registro da epidemia conhecida como Influenza, transmitida pelo vírus de mesmo nome, ocorreu em 1889, quando 300 mil pessoas morreram, principalmente idosos, em decorrência de complicações. Em 1918, uma variação do vírus, tornando a doença conhecida como Gripe Espanhola, acometeu cerca de 50% da população mundial e vitimou mais de 40 milhões de pessoas. Em 1957, a Gripe Asiática, transmitida também por uma variação do vírus influenza, se espalhou pelo mundo em seis meses e matou cerca de 1 milhão de pessoas.


Mais informações sobre a gripe H1N1 podem ser obtidas no hotsite http://www.vacinacaoinfluenza.com.br/site/conteudo/index.asp

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