segunda-feira, 25 de maio de 2009

Lucca conhece pessoalmente a simpática Duda, sua vizinha de quarto na UTMO

Enquanto estava no ambulatório recebendo a quinta e penúltima dose do tratamento contra o adenovírus detectado em suas fezes semanas atrás, Lucca finalmente conheceu alguém que ele tinha muita curiosidade de ver pessoalmente.

Trata-de da pequena Duda, uma menininha linda, de olhinhos puxados, engraçadinha mesmo, com quase 3 anos de idade, simpática que só, e que foi vizinha de quarto do Lucca durante quase todo o tempo em que ele esteve internado na Unidade de Transplante de Medula Óssea do Einstein, que fica lá no 6o andar.

Duda, que também é paciente do Dr Nelson, da Dra Ju e é acompanhada por toda a equipe, foi internada para fazer seu TMO alguns dias antes do Lucca e teve alta pouco dias antes dele também. Ela sofria de um tipo de leucemia (câncer no sangue) que, assim como a doença do Lucca, tem no trasplante a grande alternativa da ciência para interromper sua progressão. Felizmente, está super bem, novinha em folha!

Por ser pequerruchinha ainda, às vezes chorava lá na UTMO. E Lucca, quando ouvia aquela vozinha, logo dizia: "olha lá, mamãe, é a Duda. Vai lá falar com a mãe dela pra ver se ela precisa se alguma coisa, se posso fazer um desenho pra ela, sei lá....". Um fofo! A verdade é que ele, consternado, morria de vontade de saber quem era a dona daqueles gritinhos e chorinhos.

Um dia ele me contou que havia sonhado com ela. Mas que, como não sabia como Duda era, no sonho ele via uma garotinha loirinha, embora com os olhinhos puxados heheheh......

Hoje quando a viu no corredor do ambulatório, Lucca parecia um garoto muito maior, mais velho. Ele olhou pra ela com tanto carinho, com admiração.... Ouvia a mãe dela conversar com as médicas e achou muito legal saber que ela toma muitos dos mesmos remédios que ele, que ela tem um catéter igual ao dele no peito, que ela também precisou ser reinternada depois da alta da UTMO por conta de febres etc.

Mas o que mais o encantou foi saber que ela passará fazer duas e não mais três visitas semanais ao ambulatório -- ela estava passando para uma nova fase do tratamento.... Ele repetia aquilo comigo como se quisesse externar uma alegria de ver, na prática, que ele não é o único que está vivendo tudo isso, tantos desconfortos.... De ver que tudo passa. E de renovar as forças e a esperança: "nossa, ela agora vem aqui só terça e quinta, mamãe. Logo logo eu também vou, né?".

Juro: NADA paga o brilho que vi nos olhos dele hoje!

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