O fator mais sensível diz respeito ao volume limitado e ao pequeno número de células-tronco que conseguem ser estraídas do SCUP, o que limita seu uso a um transplante de crianças ou de um adulto pequeno, com não mais do que 50kg de peso corpóreo.
Outro agravante é que as células do cordão umbilical geralmente levam muito mais tempo para se enxertar no organismo do receptor (ou seja, nesse caso, a 'pega medular' costuma demorar até 10 ou 12 dias a mais para acontecer quando comparado a tempo médio da pega após um procedimento de TMO no qual são utilizadas células coletadas diretamente da medula óssea do doador, que geralmente ocorre a partir do dia D+21 ou D+28 -- 21 a 28 dias depois da data da infusão). Com isso, o paciente acaba ficando mais exposto a riscos de contrair infecções, o que exige atenção redobrada quanto à higiene e à limitação de visitas, por exemplo.
Gráfico ilustrativo com esboço do que seria a curva de evolução da pega medular com células de medula versus células de SCUP
Mas há vantagens e elas são bastante significativas:
- a primeira delas é o fato de o material estar disponível de imediato;
- como são células mais jovens, a compatibilidade entre doador e receptor pode ser de até 65%, enquanto no transplante de células de medula, a compatibilidade tem de ser de 100%;
- as células do cordão costumam provocar menos reações e efeitos colaterais no transplantado, justamente por serem células mais jovens, portanto com mais flexibilidade de se adaptarem ao novo organismo.
Um comentário:
Fofa,
Depois dessas aulas nosso grupo pode passar lá na USP e pegar um diploma. Hoje em dia eu já discuto TMO até com médico...Obrigada por tantas informações. Depois de um dia deste só posso dizer que vc é absolutamente formidável :-))))
love
Karla
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