quinta-feira, 4 de junho de 2009

Lucca recebe primeira inalação de pentamidina

Acabou agora a sessão de inalação com pentamidina que Lucca fez pela primeira vez. Para esse tratamento, que tem a indicação de se repetir uma vez por mês, é necessário um esquema todo especial. Lucca teve de deixar temporariamente o quarto que ocupa na ala pediátria para ir para um outro no 11o andar, muito parecido com o que ele ocupava na unidade de TMO -- isto é, um quarto com cuidados especiais de isolamento, portas duplas e pressão negativa do ar, dada a toxicidade do medicamento.

Diferente de uma inalação habitual feita à base de soro e com uma espécie de máscara que cobre nariz e boca, nessa de hoje Lucca ficou por cerca de 20 minutos apenas com um óculos de proteção. A enfermeira e minha mãe (que o acompanhou durante o procedimento, já que eu precisei vir para a moksha8), estas sim permaneceram com aventais, luvas, máscaras e óculos de proteção. Porque o medicamento circula no ar.

A pentamidina é um antiprotozoário efetivo no tratamento das tripanossomíases, leishmaniases e algumas infecções por fungos. É a droga de escolha para o tratamento da pneumonia por Pneumocystis carinii (PCP) em pacientes imunussuprimidos, como os infectados por HIV, apesar dos efeitos colaterais que incluem nefrotoxidade, hepatoxicidade e hipotensão.

Durante o período de inalação, o paciente pode apresentar taquicardia, náuseas, vômitos, sensação de gosto metálico na boca. Felizmente, Lucca reagiu super bem. Não referiu enjôos ou qualquer outro desconforto. Somente uma leve alteração de paladar. Terminada a sessão de inalação, estava com os mesmos sinais vitais registrados no início: frequência cardíaca de 105 bpm, 100% de oxigenação do sangue, pressão arterial de 10 x 6 e temperatura estável na casa do 36oC.


O Pneumocystis é um organismo comensal re­sidente nos alvéolos. A PPC, muitas vezes, co­meça com sintomas aparentemente benignos: tos­se improdutiva e dispnéia leve aos esforços. Pode levar várias semanas antes que a febre, perda de peso e mal-estar respiratório indiquem hospi­talização. Lucca não tem sinais de PPC mas, mesmo assim, vinha recebendo o Bactrim® para ficar protegido dela. Geralmente bem tolerado, seus efeitos colaterais mais comuns são os rashes cutâneos e os distúrbios gastrintestinais.

Por desconfiar que o Bactrim® pudesse ter algo a ver com o quadro que levou Lucca a reinternação na última segunda-feira, ontem, Dr Nelson Hamerschlak promoveu algumas alterações no esquema de tratamento do Lucca de forma profilática. Ele substituiu o uso do medicamento Bactrim® (que Lucca tomava por via oral duas vezes ao dia, três vezes por semana), por uma dose mensal de pentamidina, que é administrada por inalação.


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ATENÇÃO: Cuide de sua saúde com responsabilidade! Não faça uso de remédios tarjados, que exigem prescrição médica, sem antes consultar um especialista!
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2 comentários:

KARLA SARQUIS disse...

Minha amiga querida

Eu vou te dizer que é preciso muito equilíbrio para conseguir superar tantos altos e baixos. Você é minha ''ídala''!!!! Graças a Deus que ele reagiu bem. Estamos numa corrente de pensamentos positivos para que cada vez menos fatores interfiram na recuperação do nosso amiguinho...Mas pensa dois meses pra trás e vê que evolução!!!!!

um beijo grande cheio de saudades

karla

KARLA SARQUIS disse...

Minha amiga querida

Eu vou te dizer que é preciso muito equilíbrio para conseguir superar tantos altos e baixos. Você é minha ''ídala''!!!! Graças a Deus que ele reagiu bem. Estamos numa corrente de pensamentos positivos para que cada vez menos fatores interfiram na recuperação do nosso amiguinho...Mas pensa dois meses pra trás e vê que evolução!!!!!

um beijo grande cheio de saudades

karla