Lucca está hoje com um total de 80 leucócitos, 20 a menos do que ontem. O resultado não pode ser considerado motivo de decepção nem de comemoração, já que continua num padrão de estabilidade.
Ansiosos que estávamos, Lucca e eu, pra receber os resultados do dia das contagens sanguíneas, ficamos felizes com a alta significativa de plaquetas -- que está em 52.000/mm3 -- mas era inevitável que ficássemos mais amuadinhos porque os 100 leucos de ontem não voltaram a subir como temos esperando tanto.
Os sinais de dor que Lucca apresentou ontem e que podem vir a ser indícios de que a medula começará a pegar também poderiam ser sinais de infecção, talvez por fungos. Mas os demais exames realizados afastaram essa segunda hipótese, ratificando que o estado geral de saúde dele está bom. Nenhum indício de ação infecciosa; rins e fígado principalmente, funcionando bem; e estabilidade nos controles de pressão e oxigenação sanguínea, temperatura corpórea e frequência cardíaca.
Ontem, a Dra Juliana Folloni solicitou a realização de um exame específico chamado PCR, que mede a proteína C-reativa. Esse é um tipo especial de proteína produzida pelo fígado e que está presente somente durante os episódios de inflamação agudaa índices geralmente superiores a 0,8 mg/dl. O aspecto mais importante da PCR é sua interação com o sistema-complemento, que é um dos mecanismos de defesa do organismos contra elementos estranhos. Apesar de não ser um exame específico, ele pode ser solicitado para contribuir na identificação de processos inflamatórios, de incidências de pneumonia e até mesmo de doenças relacionadas ao sistema imunológico. O resultado do Lucca é de 0,7 mg/dl, portanto, dentro da normalidade.
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