Antes de mais nada, me desculpo por não ter postado nada mais cedo. Mas, sabe aquele ditado popular que diz: "desgraça pouca é bobagem"? Pois é. Sempre me neguei a pensar nessa linha, prá não atrair nada de ruim. Mas devo confessar que hoje essa frase me veio à cabeça...
Nada disso tem a ver com o Lucca, graças a Deus! Ele está bem. Pelo quarto dia consecutivo em casa, não teve nenhuma febre nem qualquer outro sinal que pudesse nos preocupar ou exigir uma nova reinternação. Não sabemos como estão suas contagens sanguíneas e demais marcadores porque só fazemos esses exames quando visitamos o ambulatório. Mas, no geral, está tudo bem com ele. Até no que diz respeito à sua aparência, vivacidade, disposição física e emocional: ele está bem mais solto, mais tranquilo, mais ativo a cada dia.
De ontem prá hoje ele me havia pedido pra dormir na casa da avó. E eu deixei. Trouxe o Marccão e a Lella prá casa comigo porque eles estão sentindo muita falta do próprio quarto, da própria cama. Além do mais, eu havia prometido aos dois que poderiam dormir na minha cama na sexta. E foi uma bagunça só!
Hoje acordamos cedo, nos aprontamos e corremos para o Cartório. Eu tinha que reconhecer firma e autenticar uma série de documentos para entregar no Einstein, por conta do tratamento do Lucca. Uma filinha básica, mas correu tudo bem. Saimos de lá e fomos, os três, almoçar juntos. Outra festa!
De lá, fomos pra casa dos meus pais encontrar o Lucca e minha irmã caçula que chegaria dali a uma ou duas horas. Estacionei o carro na rua, em frente ao portão da minha mãe, como de costume, e entramos. Eram 2h e pouquinho da tarde. Não demorou mais do que 15 minutos e me preparei para sair de novo -- ia comprar figurinhas do Pókemon com o Marcco na banca de jornal da esquina e, depois, encontrar minha irmã a algumas quadras dali.
Abro o portão com a chave do carro na mão e..... onde estava o carro????? Foi uma sensação maluca! Haviam roubado o carro! Eu tinha certeza de que ele estava naquela vaga minutos atrás..... Nossa! Que susto! Que transtorno! Me preocupei muito com o carro (até porque é o que ainda uso como benefício pelos serviços prestados a moksha8). Mas meu desespero maior foi quando lembrei do envelope com todos os documentos autenticados, que continham várias informações importantes e pessoais.......
Eu olhava pra aquela cena e mal podia acreditar que isso estava acontecendo.... Quando as coisas começam a entrar nos eixos de novo, caramba, é como se viesse mais uma bela 'puxada de tapete' do destino..... Confesso que bambeei.... Como diz minha irmã: "é muita informação junta!".
Aqueles minutos iniciais, que pareceram tão looongos. O susto. O baque. O medo. O desespero. A sensação de não saber o que fazer, por onde começar.... A razão me chamava. Como foi tudo nesses últimos meses. Tinha de enfiar a emoção na sacola, respirar fundo e agir. Era eu e eu ali. Liguei pro 190, pro meu condomínio, pro diretor financeiro da moksha8, para locadora que é proprietárias do veículo. Parecia que eu tinha chegado de uma maratona de sei lá quantos metros tamanho o esgotamento físico que me bateu....
"Mamãe, não fica nervosa. Se aconteceu isso é porque tinha que ser. Você não vive me dizendo que sempre que acontece uma coisa muito ruim logo depois acontece uma coisa muito boa? Pois é. Fica calma, tá? Eu te amo". Foram as palavras que Lucca me disse minutos antes de eu sair com meu pai para fazer o boletim de ocorrência.... Nada valia mais do que aquilo. Olhei pra carinha dos três, inteiros ali do meu lado....
Nessa hora eu me exigi enxergar o lado cheio do copo: ainda bem que foi apenas furto e não roubo, assalto à mão armada, ainda bem que as crianças estavam seguras dentro de casa, que ninguém saiu machucado. Ok, tinha os documentos, uma sacola cheia de remédios carésimos do Lucca que havíamos acabado de comprar. Tinha CDs, um casaco do Marccão, a boneca da Lella (a filhinha que ela chamava de Bia........). Dessas últimas coisas, talvez a Bia tenha sido a mais importante pelo aspecto afetivo. A Lella ficou muito triste, se culpou muito por tê-la deixado no carro.....
Mas, como se diz nos Estados Unidos, diante de todo o caos que podia ter sido, aquilo era peanuts, não era nada! Aqui vale um outro ditado popular, muito mais providencial: "foram-se os anéis mas ficaram os dedos"!
2 comentários:
PQPPPPPPPPPPPPPPP...só falando assim...se precisar de alguma coisa vc sabe que eu tenho como te dar um help, né???
beijos
carca... q merda!!!! DESCULPE O PALAVRIADO
Lu... mulher, vc é uma garota de sorte!!! hahahahaha
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