Hoje, 12 de abril de 2009, cristãos e judeus comemoram a Páscoa. Isso se deve ao fato de ambas as crenças religiosas se orientarem pelo calendário gregoriano. Já, para as igrejas ortodóxicas, a data da páscoa é dada pelo calendário Juliano.
Entre as culturas ocidentais, a Páscoa é uma das datas comemorativas mais importantes. O termo “Páscoa” tem uma origem religiosa que vem do latim Pascae. Na Grécia Antiga, Paska era o termo utilizado. Porém sua origem mais remota é entre os hebreus, quando surge o termo Pesach, cujo significado é 'passagem' .
HISTÓRIA DA PÁSCOA
Para os cristãos, o dia da Páscoa marca a ressurreição de Cristo. Entre os primeiros cristãos, esta data celebrava o momento em que, após sua morte, a alma de Jesus Cristo voltou a se unir ao seu corpo. O festejo era realizado no domingo seguinte a lua cheia posterior ao equinócio da Primavera (21 de março). A semana anterior à Páscoa é considerada Semana Santa, com início no Domingo de Ramos -- que marca a entrada de Jesus na cidade de Jerusalém. Deus teria designado a morte de seu filho exatamente no dia da Páscoa judaica para criar o paralelo entre a antiga e a nova crença religiosa. A Quarta-Feira de Cinzas ocorre 46 dias antes da Páscoa.
A Páscoa judaica (chamada Pesach) ocorre 163 dias antes do início do ano judaico. Entre os judeus, esta data assume um significado muito importante. Foi instituída na epoca de Moisés como festa comemorativa feita a Deus em agradecimento à libertação do povo de Israel escravizado pelo Faraó, o rei do Egito. Esta história encontra-se no Velho Testamento da Bíblia, no livro Êxodo. A Páscoa judaica também está relacionada com a passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho, onde também liderados por Moises, fugiram do Egito.
O COELHINHO DA PÁSCOA
Foram os alemães que trouxeram, no final do século 17, a tradição do Coelhinho da Páscoa para a América. Coelhos são notáveis por sua fertilidade, capacidade de reprodução e de gerar grandes ninhadas. Trata-se, assim, de um símbolo muito adequado para marcar a Páscoa, já que a data representa a renovação da vida, tanto entre cristãos quanto entre os judeus.
No Antigo Egito, o coelho era tido como um animal que representa o nascimento e a vida nova. Daí vieram as primeiras inspirações para atribui-lo como ícone da Páscoa. Há algumas outras linhas de estudo que dizem que ele também pode ter se tornado um símbolo pascal porque alguns povos da antiguidade consideravam que o coelho simbolizava a Lua -- e é a Lua que determina a data da Páscoa.
Outra explicação está relacionada a uma lenda: uma mulher pobre teria colorido alguns ovos de galinha que ainda tinha em sua dispensa para dar a seus filhos pequenos como presente de Páscoa. Ela os teria escondido como forma de criar um clima lúdico e divertir um pouco a vida dura daquelas crianças, que se deliciaram em percorrer cada cantinho da pequena casa à procura dos mimos. Quando as crianças descobriram os ovos, um coelho branco teria passado correndo pela sala. Espalhou-se, desde então, a estória de que o coelho é que havia trazido aqueles ovos.
OVOS DE PÁSCOA
A verdade é que o hábito de dar ovos é uma tradição muito antiga. Na Ucrânia, por exemplo, há centenas de anos antes de era cristã, já se trocavam pêssankas, que eram ovos pintados com motivos de natureza, e dados aos amigos e parentes em celebração à chegada da primavera. Os chineses e os povos do Mediterrâneo também tinham como hábito dar ovos uns aos outros para comemorar a chegada desta estação do ano. Para deixá-los coloridos, cozinhavam-nos com beterrabas. Mas os ovos não eram para ser comidos. Eram apenas um presente que simbolizava o início da vida.
Durante a Idade Média, os povos pagãos da Europa mantiveram a tradição de homenagear a chegada dessa estação do ano, que, no hemisfério norte, ocorre em março.
Os cristãos se apropriaram da imagem do ovo para festejar a Páscoa por volta do ano 325, quando o culto à data foi instituída pelo Concílio de Nicéia. Na época, pintavam os ovos (geralmente de galinha, gansa ou codorna) com imagens de figuras religiosas, incluindo a de Jesus e de sua mãe, Maria. Na Inglaterra do século X, os ovos ficaram ainda mais sofisticados. O rei Eduardo I (900-924) costumava presentear a realeza e seus súditos com ovos banhados em ouro ou decorados com pedras preciosas na Páscoa.
Os ovos de chocolate só surgiram 800 anos depois, no século 18, inventados pelos confeiteiros franceses. Surgido por volta de 1500 a.C., na região do golfo do México, o chocolate era considerado sagrado pelas civilizações Maia e Asteca -- que consideravam o chocolate como algo sagrado, tal qual o ouro. Os astecas, inclusive, usavam-no como moeda. A imagem do coelho apareceu na mesma época, associada à criação por causa de sua grande prole.
Com o passar do tempo, surgiu a tradição, em especial na Europa, Ásia e América, de crianças montarem seus próprios ninhos, accreditando o coelhinho da Páscoa vem no domingo e coloca lá seus ovinhos, ou de sairem pela casa procurando ovinhos escondidos.
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