sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Rede de atenção ao AVC terá reforço de R$ 437 mi

Recurso vai financiar 1.225 leitos até 2014
O Ministério da Saúde vai investir, até 2014, R$ 437 milhões para ampliar a assistência a vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC). No Brasil, a doença representa a primeira causa de morte e incapacidade, gerando grande impacto econômico e social. De acordo com dados do Ministério, em 2009 foram registrados 68,9 mil óbitos por AVC. A qualificação da rede para o atendimento a casos de AVC faz parte da Rede Saúde Toda Hora - lançada este ano pelo governo federal - para reorganizar o atendimento de urgência e emergência no Sistema Único de Saúde (SUS). O Ministério da Saúde colocou, hoje (4), em consulta pública, por 30 dias, as novas diretrizes de atendimento à doença.

“Nosso esforço é o de tratar mais rápido, isso significa salvar vidas. Vamos ampliar a rede de atenção básica, de prevenção e de tratamento com o objetivo de reduzir casos e óbitos”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Do total de recursos, R$ 370 milhões vão financiar leitos hospitalares. Serão criados 1.225 novos leitos nos 151 municípios onde se localizam os 231 pronto-socorros, responsáveis pelo atendimento especializado de urgências e emergências. A abertura dos novos leitos será definida entre o governo federal, juntamente com estados e municípios.

Outra parcela (R$ 67 milhões) será aplicada na oferta do tratamento trombolítico, que consiste na aplicação de uma medicação por via endovenosa, que percorre a circulação até chegar no vaso sanguíneo cerebral que está obstruído por um coágulo. Esta medicação desfaz o coágulo, desentupindo a circulação e normalizando o fluxo sanguíneo que chega ao cérebro, diminuindo ou até evitando as sequelas. As ações integram o rol de iniciativas adotadas pelo Ministério da Saúde para o enfretamento às Doenças Crônicas Não Transmissíveis.

Consulta pública
Para melhorar os serviços de atendimento na rede pública, o Ministério da Saúde lançou uma consulta pública ao documento “Implementando a Linha de Cuidado do Acidente Vascular Cerebral (AVC) na Rede de Atenção às Urgências”, que ficará disponível durante 30 dias. Podem acessar e contribuir com sugestões profissionais de saúde, técnicos, especialistas e a população em geral.

Um dos objetivos da consulta pública é consolidar uma proposta para melhorar o atendimento aos pacientes que procuram o SUS por intermédio de ações para reformulação do atendimento, com a adoção de melhores estratégias de diagnóstico e tratamento e capacitação de profissionais, entre outras.

Outro objetivo do Ministério é reduzir o número de óbitos por AVC no Brasil por intermédio da criação de redes de assistência integral para o atendimento do paciente com AVC, incluindo todas as suas demandas de atenção à saúde. O documento foi elaborado Ministério da Saúde e especialistas da área em parceria com a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares e Academia Brasileira de Neurologia.

Sobre o AVC
O AVC é uma das mais importantes causas de mortes no mundo. Popularmente conhecido como derrame, a doença atinge 16 milhões de pessoas no mundo a cada ano. Destes, seis milhões morrem. Para enfrentar a epidemia silenciosa que ocorre no mundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a adoção de medidas urgentes para a prevenção e tratamento da doença, com o objetivo de colocar o tema em destaque na agenda global de saúde.

Fonte: Ministério da Saúde

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